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4o. Centenário do Rio de Janeiro "Extravaganza"


Ontem na feira da praça XV havia uma banca em que praticamente à venda era souvenir do 4o. Centenário de fundação da cidade do Rio de Janeiro. As peças eram basicamente da Porcelana Barão do Rio Branco e da Porcelana Mauá.



Eu adoro estas peças, claro que muito por eu ser carioca e ADORAR minha cidade, não importa o que falem dela, o qual seja a situação atual (uma característica bem carioca, que tem o lado ruim de levar as pessoas a se acomodarem e fazerem vista grossa para os problemas que deveriam ser enfrentado, mas isso é outro assunto).





Mas eu os aprecio PRINCIPALMENTE pelo fato do 4o. Centenário do Rio de Janeiro ter acontecido no ano em que nasci, 1965. E como sou obsecado pelo ano do meu nascimento...





Então, não poderia deixar de comprar algumas peças para a minha mini-coleção de louça do 4o. Centenário do Rio de Janeiro! Na verdade, esta coleção é tão "mini", que com as peças que comprei ontem (um bule, um prato de jogo de sanduíche, 1 caneca pequena, 2 xícaras de chá e 1 xícara de café), a coleção dobrou de tamanho.





Com isso, arrumei um lugar especial na organização da minha "macro" coleção, para poder expor todas as peças juntas.



Na banca ainda havia muitas outras peças, como xícaras com outros motivos decorativos, cinzeiros, covilhetes, bandejas, etc. Mas não dá para comprar tudo o que se quer sempre! Agora, se semana que vem eles ainda estiverem na feira... Ah, eu vou comprar mais sim!

pombinhos ingênuos - II


Ontem, na feira da praça XV, fiz uma LOUCURA (para os meus padrões baixa renda...)

Comprei uma caixa grande da Cerâmica Mauá, com decoração Willow feita com estanhola!



Eu já havia visto uma peça destas, na coleção de um colaborador aqui do Rio, e fotos enviadas pela minha boa amiga Bernardete (veja neste post>>).



Mês passado apareceu uma caixa como esta na feira da praça XV, mas o vendedor queria o "módico" valor de... R$ 350!!!. Irrealístico!



Pois bem, ontem quando cheguei na banca do Pedrinho (um dos vendedores mais gente-boa aqui no Rio, um cara incrível, um tipo de pessoa que praticamente não existe mais, tranquilo, super amigável, generoso, sempre disposto a ajudar, entre outras qualidades), havia esta caixa da foto acima, linda, branquinha, sem um lascadinho sequer, sem nenhuma mancha, não deve ter sido jamais usada nos seus 60 anos de vida.



Ele queria R$ 160 na caixa, mas deixou para mim por R$ 130. Comprei, sem pensar duas vezes!! A peça mais cara que havia comprado até hoje tinha custado R$ 60. Se fosse em outro vendedor, teria deixado passar, mas sendo com o Pedrinho comprei. Ele já vendeu diretamente 8 livros meus, e já deve ter influenciado indiretamente a venda de tantos outros, pois sempre faz muita propaganda do mesmo, e sempre se recusou a receber qualquer tipo de comissão.



Foi uma pequena "loucura", pelo valor, mas considero que foi meu auto-presente de Natal, e eu tenho um carinho especial pelo padrão Willow, mesmo sabendo que é um mega-cliché neste mercado de antiguidades, mas a decoração Willow lembra minha infância, a casa da minha avó, que tinha um jogo de jantar Willow que ganhou de presente de uma grande amiga vizinha sua, que teve que deixar o Brasil na época da Segunda Guerra Mundial, apenas por ser japonesa.



Meu único "medo" é abrir um precedente para peças nesta faixa de valor, que até então era uma "regra de ouro" para mim!



Mas eu acho que todos merecemos nos permitir uns pequenos luxos.

tipologia: ânforas


Ânforas são vasos antigos de origem grega de forma geralmente ovóide e possuidoras de duas alças. Confeccionados em barro ou terracota, com duas asas simétricas, geralmente terminado em sua parte inferior por uma ponta ou um pé estreito, e que servia sobre tudo para o transporte e armazenamento de gêneros de consumo, tal como a salmoura. Era usada pelos gregos e romanos para conter sobretudo líquidos, especialmente o vinho. Servia também para conter azeite, frutos secos, mel, derivados do vinho, cereais ou mesmo água.

A palavra "ânfora" vem do latim amphora, que por sua vez é derivada do grego αμφορεύς (amphoreus), uma abreviação de αμφιφορεύς (amphiphoreus), uma palavra composta combinando amphi- ("nos dois lados", "duplo") e phoreus ("carregador"), do verbo pherein ("carregar").

Para uma correcta classificação deste tipo de recipiente, existem diversos catálogos (Dressel - ilustração ao lado, Haltern, Lamboglia - ilustração abaixo, Benoit, Gauloise, etc), de terminologia complexa e por vezes dúbia. A história da classificação destes está constantemente a ser alterada, de acordo com os dados que vão sendo recolhidos em diversas escavações arqueológicas em terra e sub-aquáticas.

Em Portugal, principalmente no litoral e ao longo dos principais cursos de água (rios), vão sendo descobertos inúmeros fragmentos deste tipo de recipientes, cuja produção remonta a lugares tão distantes como o mediterrâneo oriental, mundo grego, Península Itálica, província Gálica, Tarraconense e, mais próximas, da bacia de Cádiz e norte de África. Também foram produzidas ânforas em território Lusitano, em épocas mais tardias e geralmente relacionadas com o envase de produtos marinhos ou derivados deste.


fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ânfora

ESTRUTURA DE UMA ÂNFORA



esquerda: orla (1), pescoço (2), alças (3), corpo (4) e pé (5) ou pedúnculo.

direita: orla (1), pescoço (2), alças (3), corpo (6) e pés (7); se usam ainda os termos conexão (4) e ombro (5) para descrever a evolução das formas.

praça XV - 15/11/2008 - dia do desenho

Hoje a feira da praça XV estava ainda mais vazia do que vem acontecendo nas últimas vezes em que lá estive. Será que foi o feriado? Eu nem me lembrava que era feriado hoje, até dar de cara com a porta fechada do restaurante onde almoço todos os dias.

Rodei a feira inteira duas vezes, e em se tratando de praça XV, isso significa quase 1 hora de andança para cada vez, e no final só comprei mesmo duas peças muito curiosas que havia encontrado logo ao entrar na feira, distante duas bancas apenas de onde eu comecei a olhar a feira!

Estas peças foram compradas em uma banca de um senhor que só vende material de desenho, aquarela, caligrafia, etc, e segundo uma senhora que o ajuda, era tudo material dele mesmo.

A primeira peça é um godê da Cerâmica Mauá:




E a segunda também é um godê, da Cerâmica Matarazzo, só que os potinhos são separáveis e empilháveis, tendo uma tampa para fechar o mais ao topo:






O dado curioso desta banca... a senhora faz toda a conversação e negociação com os compradores; o senhor, dono das peças, fica no canto dele, com cara amarrada, não dá bola NENHUMA para os compradores, e só se mexe para pegar o dinheiro quando você paga a compra, ou para informar o preço de alguma coisa, sendo que não adianta perguntar direto para ele; você tem que falar com a senhora, e ela fala com ele... curioso!

A ignorância - mãe dos "bons negócios" ? - parte 2


Ontem voltei ao Shopping dos Antiquários, aqui no RJ. Agora, com o Guia de Marcas nas mãos, fui lá checar se o Jogo de Jantar Mod. Oxford que comentei no post A ignorância é a mãe dos "bons negócios"? ainda estava à venda. Estava.

Vou descrever o diálogo palavra por palavra, pois fiz questão de anotar tudo "em cima do lance", para não perder detalhes, nem deixar minha memória deturpar alguma passagem: Entrei na loja, fui até a cristaleira onde estava o jogo. proprietário: - "Posso lhe ajudar"? eu - "Sim, por favor; eu estou fazendo um levantameno nos antiquários aqui no Shopping para ver o que há de louça nacional à venda." PP: (num movimento curioso de corpo, ao mesmo tempo se afastando de mim e girando-se no sentido contrário ao que eu estava) - "Ah, mas aqui não há nada nacional." (tom de voz num misto de nojo e desprezo). EU: - "Mas aquele jogo ali. Mod. Oxford, é nacional, fabricado pela Cerâmica Matarazzo de SP." Sua atitude muda, sou olhado com certa indignação e espanto, ele abre a cristaleira, pega um prato e olha a marca gravada. EU: - "Esta marca aí, Mod. Oxford, foi uma das marcas fantasia que a Cerâmica Matarazzo usou em suas louças." PP: - "Mas eu não vendo isso como porcelana brasileira!" Esta frase para mim definiu tudo. O registro e modulação na voz me dizia "aqui aconteceu um ato falho". Isso saiu sem muito pensar, foi uma reação imediata e impulsiva. Me pareceu que embora informado sobre a realidade, ele não conseguiu digerir e aceitar a verdade. Seu olhar parecia de perplexidade. Mas logo recobrou sua pose anterior, após a minha resposta abaixo. EU - "Mas o fato é que isso é uma louça de fabricação nacional, da Cerâmica Matarazzo de SP." PP - "Eu nem considero isso uma boa porcelana!" EU - "Bem, esta louça também não é de porcelana mesmo, é faiança." Agora, mudando de vez de atitude, ele passa a falar de forma mais agressiva, impositiva, me olhando com desprezo, embora tudo disfarçado por um certo ar de elegância e distância (marca da loja, creio, que é elegantíssima, tudo impecavelmente bem arrumado, todas as peças em excelente estado de conservação, tudo muito chique mesmo), que só realçava o desprezo por mim, e pelo que estava ocorrendo. PP - "Você QUER SABER O PREÇO?" Disse que sim, que tinha conhecidos que colecionam louça da Cerâmica Matarazzo. Em seguida, mostrei para ele no Guia de Marcas a página da Cerâmica Matarazzo, onde consta a marca fantasia Mod. Oxford, e disse, sempre mantendo a calma e educação, independente do que sentia internamente: EU - "Veja aqui neste livro, essa marca Mod. Oxford, para comprovar que não estou dizendo nenhuma bobagem." Ele olhou muito de relance, enquanto se afastava de mim, deixando claro que era para eu ir embora. Mas mesmo assim não fui; saquei a caneta e anotei a transcrição acima do diálogo que acabara de acontecer. O que achei mais significativo é que apesar de tudo, de ter sido alertado que aquilo não é um jogo inglês da Mappin & Webb, de ter mostrado em uma publicação a marca que está gravada em todas as peças daquele jogo, ele não fez QUALQUER menção de mudar a informação escrita no display de identificação e descrição, ao lado do jogo. Simplesmente fechou a cristaleira, me ofereceu o seu desprezo mais bem cultivado em 49 anos de tradição e estilo (slogan da loja), e tudo permaneceu como antes; pegou o telefone e foi cuidar dos seus negócios. Era como se nada daquilo tivesse acontecido para ele, entrou em total negação, por qual razão cabe a cada um interpretar. Mas o que importa é: o jogo continua lá sendo vendido como PORCELANA INGLESA, por um preço altíssimo, e talvez alguém algum dia o compre ACREDITANDO estar pagando aquela pequena fortuna em um jogo de jantar antigo inglês. E ISSO MESMO DEPOIS DA VERDADE TER SIDO APONTADA! Aí... a coisa já ganha outro nome, e não mais apenas ignorância no seu sentido mais puro e sem qualquer conotação negativa, no sentido de falta de informação. As informações foram dadas e comprovadas. Por isso mesmo me sinto na obrigação agora de informar onde isso aconteceu, para que ao menos algumas poucas pessoas não venham a passar pelo horror da frustração de uma compra equivocada: Snob Antiguidades Rua Siqueira Campos 143 / 2o. piso, loja 153 Copacabana, Rio de Janeiro, RJ tels: 21 2255-9672 e 2549-9335 saiba mais >> - Marcas da Cerâmica Matarazzo

praça XV - 08/11/2008

Finalmente, depois de várias semanas, consegui voltar à feira da praça XV!

Estava bem vazia de público e de vendedores; havia várias bancas desocupadas. E vai chegando esta época do ano, os vendedores já começam a reclamar que as vendas estão caindo...

Comprei este conjunto da Zappi:



A vendedora disse que este jogo está na família há 72 anos... Se a informação estiver correta, se poderá assumir que esta versão da marca da Zappi está em uso desde meados dos anos 1930.


Este vasinho pequenino da Cerâmica Artística SP




E um lote de 5 pratos de sobremesa Real anos 1950, pois nunca é demais comprar mais peças com O decalque "Rosas Fontana"!!!!

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