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Azulejos antigos no Centro do Rio de Janeiro - VII

rua Sacadura Cabral
região portuária
imagens obtidas no Google Street View









rua Jogo da Bola 
região portuária
imagens obtidas no Google Street View



Azulejos de todas as eras no Rio de Janeiro - Escadaria Selarón

Já que venho sistematicamente apresentando os azulejos antigos no Centro do Rio de Janeiro, achei que era hora para fazer uma pausa para falar sobre um dos pontos turísticos mais recentes da cidade, que envolve os azulejos. Trata-se da Escadaria Selarón.

A Escadaria Selarón é obra do artista chileno Jorge Selarón. Jorge Selarón (Chile, 1947) é um pintor e ceramista autodidata chileno, que depois de passar por quase 50 países, decidiu se radicar na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ele é o autor de muitas obras que decoram os bairros cariocas da Lapa e de Santa Teresa.

Na década de 1990 Selarón iniciou os trabalhos de renovação da escadaria que passa em frente à sua casa e que estava em péssimo estado de conservação. trata-se da Escadaria que leva ao belo Convento de Santa Teresa. A escadaria foi inicialmente decorada por Selarón em 1994, por ocasião da Copa do Mundo de futebol de 1994, quando ela teve seus 215 degraus e 125 metros decorados com mais de 2.000 azulejos diferentes, provenientes de mais de sessenta países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Áustria, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia, Bélgica, Bolívia, Brasil, Chile, China, Equador, Escócia, Estados Unidos, Egito, Espanha, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Índia, Indonésia, Inglaterra, Iraque, Irã, Irlanda,Israel, Itália, Japão, Líbano, Marrocos, México, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Rússia, Suíça, Turquia, Uruguai, e Venezuela. Desde então, os azulejos são permanentemente trocados, utilizando-se de azulejos que são remetidos ao artista por fãs do mundo inteiro. Isso dá um caráter orgânico e mutante à obra.

Selarón também embelezou o local fazendo um jardim suspenso. Plantou flores, palmeiras e arbustos dentro de antigas banheiras. A relação do artista com sua obra continua vibrante. Diariamente Selarón varre e limpa a escadaria. Cuida da sua “escultura” com muito apreço como se fosse uma extensão de sua casa.

No começo os vizinhos zombavam das combinações bizarras de cores e, o que era pra ser um passatempo acabou virando uma obsessão que consumia praticamente todo seu dinheiro. Passou então a vender suas pinturas para financiar a empreitada e após vários anos de exaustivo trabalho, a escadaria tornou-se um sucesso, convertendo-se em um belo cartão postal da cidade.

A obra já foi matéria de muitas revistas, jornais, documentários, video clips e comerciais de TV. A Escadaria já foi até mesmo usada como inspiração para coleções de moda. Em 2005, a prefeitura da cidade deu à Selarón o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro e oficializou o tombamento da escadaria.

Vamos às fotos (clique para ampliar):


 









Azulejos antigos no Centro do Rio de Janeiro - V

Ladeira João Homem 
morro da Conceição, região portuária
imagens obtidas no Google Street View


armário Heritage

armário Heritage  - Boca do Lobo, Portugal
estrutura em madeira
exterior: azulejos pintados à mão
interior: folhas de ouro



buffet Heritage

buffet Heritage - Boca do Lobo, Portugal
estrutura em madeira
exterior: azulejos pintados à mão
interior: folhas de ouro







jogo de chá - Porcelana Real











jogo de chá
Porcelana Real
Mauá - São Paulo - Brasil
porcelana
decoração com decalques florais, faixas em verniz azul celeste e detalhes em ouro
fabricado em 1948

fonte: site Mercado Livre

Exportações para América salvam azulejo português


fonte: http://expresso.sapo.pt/exportacoes-para-america-salvam-azulejo-portugues=f720319
por Conceição Antunes
Sábado, 21 de abril de 2012

Azulejos holandeses em Recife pedem restauro

fonte: http://archief.rnw.nl/portugues/article/azulejos-holandeses-em-recife-pedem-restauro
Data de publicação : 12 Agosto 2010
Por Mariângela Guimarães (fotos: MoWIC)



Azulejos antigos no Centro do Rio de Janeiro - II

Rua Visconde do Rio Branco n° 21

Estas fotos são de 2009, e infelizmente foram feitas com uma máquina com menos resolução, e um zoom muito fraquinho, de apenas 3 vezes. Mas já dá uma ideia dos azulejos do imóvel. Um dos mais recentes que encontrei até agora ainda com azulejos. Em 1903 a cidade já estava em plena remodelagem e afrancesamento, pelo então prefeito Pereira Passos. É até extraordinário encontrar então um casarão construído neste período, que ainda conserva algumas características portuguesas.


Azulejos antigos no Centro do Rio de Janeiro - I

Hoje, depois de tantas surpresas via Google Street View, ou fotos em álbuns no Facebook, como tinha uma reunião no Centro da cidade, aproveitei, saí de casa uma hora mais cedo do que o necessário, e FINALMENTE fiz o meu primeiro "safári" atrás dos azulejos antigos, sobreviventes do passado do Rio de Janeiro.

Eu me dirigi à rua do Rosário pois há poucos dias por acaso, quando consultava o Google Street View, dei de cara com 2 prédios antigos, do século XIX, azulejados nesta rua, que recebeu este nome em homenagem à Igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário (Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito).

Meu objetivo era fazer um único post, com fotos destes 2 prédios. Mas qual não foi a minha SURPRESA ao descobrir, num percurso que não chegou a 300m, mais TRÊS prédios azulejados, fora mais azulejos antigos no vestíbulo e área lateral de duas igrejas! Eu fui fotografar 2 prédios, voltei com fotos de 7!

"Estrela e Bicha" na rua Sacadura Cabral

Mais uma vez, tentando achar no Google Street View onde seria a casa no Morro da Conceição de um post anterior, fiquei vasculhando as cercanias da Pedra do Sal e do Valongo, e olha o que eu achei no caminho, na rua Sacadura Cabral, também na zona portuária (infelizmente em estado lastimável!):

rua Sacadura Cabral 139

e mais um - rua dos Inválidos

Já está até parecendo piada! Tive que procurar um outro endereço no Google Street View, e...







Rua dos Inválidos, 19 e 21, Centro do Rio de Janeiro, próximo à Praça da República.

É uma pena que a imagem dos pisos superiores no Google Street View não seja boa, pois me parece que o segundo andar é comporto por azulejos azul e branco ao centro, de um padrão diferente do pavimento térreo, ladeado por azulejos de relevo policromados nos módulos laterais do prédio.




Uma combinação que, se confirmada, me parece única, eu não vi nada igual nem mesmo em Portugal, onde os prédios costumam usar apenas um único padrão por toda a fachada.



Queria poder ver o ano de construção deste prédio, mas isto terá de ficar para quando eu puder dar um pulo até (mais) este local, para poder fotografar por minha conta.

Museu Republicano e Museu da Energia - Itu - SP

Seguindo a dica da minha querida seguidora Lenita Vidal, faço este pequeno post sobre os Museus Republicano e da Energia, em Itu, interior do estado de São Paulo. Estive nessa encantadora cidade por poucas horas, em julho do ano passado. Naquela altura eu já tinha feito o curso sobre azulejos antigos no Brasil, com a excelente professora Dora Monteiro e Silva de Alcântara, talvez a pessoa que mais entenda de azulejo históricos no Brasil, imensamente respeitada também em Portugal, de forma que eu já estava começando a ficar contaminado por esta paixão.

E eles estão por toda parte!

E aí, consultando uma rua no Google Street View...







Rua do Rosário, Centro do Rio de Janeiro, próxima à praça XV de Novembro, antiga Praça do Paço, onde fica (ainda, felizmente!) o primeiro palácio ocupado pela família real ao chegar no Brasil.

Mais telhas de beirais e azulejos portugueses no Rio de Janeiro

Hoje no meu mural do Facebook, tive a grata surpresa de ver compartilhada uma foto da área do Cais e Jardins do Valongo, região que está sendo recuperada de forma majestosa pela prefeitura do Rio de Janeiro, em função das obras de preparação para as Olimpíadas de 2016.

Abaixo uma foto tirada ontem, dia 1 de julho de 2012, dia em que a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi elevada à categoria de Patrimônio Cultural da Humanidade, e dia da inauguração do espaço que se construiu para que todos possam conhecer os achados arqueológicos do antigo Cais do Valongo, também conhecido como Cais da Imperatriz, projetado pelo arquiteto francês Grandjean de Montigny em 1843, pois foi lá que a Imperatriz Teresa Cristina desembarcou ao chegar no Brasil. Depois, com as reformas que visavam o afrancesamento do Rio de Janeiro, tanto na virada do século XIX para XX, e também no início do século XX, o cais foi enterrado e desapareceu sob uma praça e avenida. Cabe notar também que nestas reformas o mar foi empurrado para bem longe, após uma série de aterros, visando ampliar e acertar o desenho da região central da cidade. Uma parte enorme do que hoje é a região portuária, bem como o centro do Rio de Janeiro, originalmente pertencia ao mar.

Infelizmente este cais não conta apenas histórias alegres como a da chegada da Imperatriz, mas principalemte histórias tristes de um passado negro da história luso-brasileira, pois aí desembarcaram milhares de escravos, arrancados de suas pátrias para o trabalho forçado na colônia portuguesa.

Neste link, é possível ver algumas fotos do processo de escavação e recuperação do Cais do Valongo.

O Morro do Valongo é um dos pontos mais antigos da cidade, por ser na região portuária, e como ficou abandonado por muitas e muitas décadas, preserva preciosidades do nosso passado. E quando falamos no passado do Rio de Janeiro, em particular finais de séxulo XIX, falamos naturalmente do passado lusitano da cidade, o que para mim é sempre motivo de felicidade.

Abaixo vocês podem ver algumas fotos da "Pedra do Sal", na área do Valongo, que por muito pouco poderia até ser confundida com algum pedaço do Alfama, em Lisboa (talvez com um pouco de exagero da minha parte?).



praticamente, "figuras de convite", pintadas na subida da Pedra do Sal.





Mas as fotos que eu fiquei de queixo caído foram estas que apresento abaixo, do Morro da Conceição, ali também na mesma região, com velhos conhecidos nossos, tanto aqui, quanto no blogs dos amigos portugueses, como a Maria Andrade, a Maria Paula e o LuisY. Que surpresa! Mais uma região onde ainda há telhões de beirais e azulejos portugueses aqui no Rio de Janeiro! E eu que pensava que eles praticamente tinham desaparecido!




O Museu do Açude com seu rico acervo de telhas e azulejos portugueses é uma jóia do Rio de Janeiro, mas encontrar estas peças cerâmicas ainda nos locais onde originalmente foram colocados, como coisa cotidiana, sem a pompa e solenidade de um museu, para mim é de um valor inestimável.

Já estou me programando para fazer um passeio pela região, pois certamente haverá muito mais para ser visto e fotografado em detalhes. Fico muito feliz que esta área não esteja mais entregue ao descaso do poder público, e espero que a população entenda a importância deste acervo histórico, e passe a amá-lo e cuidá-lo.

Todas as fotos deste post são de Eduardo Rua - http://www.facebook.com/eduardor.rua

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