sopeira com presentoir
Cerâmica Luiz Salvador
Itaipava - Rio de Janeiro
faiança
decoração pintada à mão, de inspiração portuguesa
déc. 1980/1990
fonte das imagens acima: site Mercadolivre.com
Esta fábrica ainda se encontra em funcionamento.
É triste ver que esta peça está sendo anunciada como "PORCELANA de Coimbra, do séc. XIX", quando na marca está claramente marcado "Luiz Salvador" e "MADE IN BRAZIL".
sopeira com presentoir - Cerâmica Luiz Salvador
palavras-chave: Luiz Salvador
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A peça que mostra, além de interessante, e com uma beleza algo exótica, evoca em mim origens mais vetustas que as portuguesas, pois o desenho que decora sobretudo o presentoir tem algo de minóico, e não me refiro só ao modelo zoomórfico, mas sobretudo ao friso de espirais que o circunda. O preenchimento do próprio espaço tem algo que me faz lembrar alguns dos frescos cretenses, apesar de diferente em conteúdo.
ResponderExcluirEste modelo também atira para alguma semelhança, ainda que afastada, com uma cerâmica produzida e Portugal, sobretudo em vários centros localizados nas imediações de Coimbra, e que, creio, é denominada de "loiça de Conímbriga", a qual ostenta uma decoração algo afim, apesar de confessar que não gosto muito desta última, pois nem é antiga nem moderna.
Ficou prisioneira algures no meio do tempo, sem ser nada efectivamente.
Tem presunção de ser loiça com tradição de pintura do século XVII, mas o seu abastardamento e pouco respeito pela tradição atirou esta louça para o domínio de um "kitsch" pouco respeitável.
Não obstante, há pessoas que têm verdadeiro apreço por este tipo de peças a que me refiro, e no estrangeiro, estranhamente, conheço quem as idolatre e as coleccione de forma obsessiva.
Quando viajo, há amigos e conhecidos que só me pedem "Traz loiça de Conímbriga!" ... eu obedeço, ainda que a contragosto, pois dá uma má ideia da nossa tradição da faiança
Manel
Olá Manel,
ResponderExcluirSempre muito ricos os seus comentários!
Houve uma outra fábrica de faiança aqui no Rio, também fundada por um português, além da Luiz Salvador, que reproduzia este tipo de decoração conimbrígia, só que em policromia. Se chamava Faianças Lis.
abraços
Será que estará relacionada com alguém da zona de Leiria, cidade atravessada pelo rio Lis?
ResponderExcluirNão seria de estranhar, pois variadíssimas são as empresas que apresentam o termo "Lis" no seu nome, termo quase sempre associado ao nome do rio que banha Leiria.
Por curiosidade, apesar de eu não o ser, grande parte da minha família é originária desta região entre Leiria e Coimbra
Manel
Olá Manel,
ResponderExcluirOntem havia escrito uma resposta longa para você, mas o blogger anda com problemas, e perdi tudo. Fiquei desanimado a escrever tudo novamente.
Mas em resumo, achei interessante saber que há várias empresas que usam "Lis" em seu nome, e que isto está associado ao do rio que banha Leiria. Eu não sei de qual região veio o fundador da Lis, o Vitor Manuel Alves Francisco, mas escrevi à sua filha, perguntando sobre o assunto.
Houve outra fábrica de faiança em Itaipava que se chamava "Lys". Desta tenho pouquíssimas informações, e há muito se extinguiu.
abraços