Artista americano, nascido no ano de 1947, em Seattle, Washington.
Expõe desde 1967
Produz peças de porcelana pintadas à mão, sempre em tamanho natural, ao estilo de Delft.
Há peças produzidas com a técnica de "bone china" (porcelana de ossos). Só que ao invés de usar ossos de boi ou ovelha, foram usados ossos humanos, para poduzir bules, xícaras, etc (abaixo), bem como estatuetas e outros objetos comemorativos, geralmente alusivos ao que a pessoa cujos ossos foram usados na peça fazia em vida.
Todas as peças feitas de cinzas de ossos humanos foram patrocinadas pelos parentes dos mortos.
Para saber mais sobre as peças de porcelana de ossos humanos, acesse: http://www.seattleweekly.com/2003-06-11/arts/bone-a-fide/
Aqui você poderá ler um longa e ótima entrevista com o artista, com diversas imagens de sua produção: http://teeshirtblog.blogspot.com/2008/03/charles-kraaft-exclusive-interview.html
'Fragmentation Hand Grenade'
'Balkan Bunny w/ fragmentation Bud Vase'
'Biological Warfare Cannister Grenades'
"Whenever I hear the Word Culture" (Smith & Wesson)
'Ming Dynasty AK-47'
'Dresden 1945'
Charles Krafft
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palavras-chave: arte
Exposição “Manuel Mafra (1829 – 1905): Mestre na Cerâmica das Caldas”
por Marlene Sousa
fonte: http://www.jornaldascaldas.com/index.php/2009/06/12/exposicao-manuel-mafra-1829-1905-mestre-na-ceramica-das-caldas/
Netos de Manuel Mafra, Rui Júlio e Eduardo Álvaro
Integrada na Festa da Cerâmica 2009 e no âmbito do Dia Internacional dos Museus, a 18 de Maio, a secretária de Estado da Cultura, Paula dos Santos, esteve no Museu de Cerâmica, onde participou na inauguração da mostra “Manuel Mafra (1829 – 1905): Mestre na Cerâmica das Caldas”.
Esta mostra, que estará patente até ao final do ano, reúne mais de 120 obras do importante ceramista, cuja acção significou para a cerâmica das Caldas um decisivo avanço de inovação e de modernidade, quer no domínio técnico, quer formal.
Trata-se de um projecto do Museu da Cerâmica que começou a ser desenvolvido por Cristina Ramos e Horta, Comissária da Exposição. Matilde do Couto, a actual responsável do Museu da Cerâmica, apontou que “podemos ver de uma forma mais estudada e documentada o que foi a intervenção de Manuel Mafra e a importância enorme que teve na cerâmica das Caldas e do país”.
Segundo a directora do Museu, Manuel Mafra, o mais importante produtor local da época, praticou um estilo sem paralelo no país e introduziu na cerâmica das Caldas uma paleta de cores variada e rica e novas técnicas de musgado e de verguinha. “Pela qualidade e criatividade das peças que realiza, não só merece o apreço do Rei D. Fernando e o privilégio de “Fornecedor da Casa Real”, como a produção da sua fábrica se impõe a nível internacional, exportando para o estrangeiro e sendo galardoado com prémios em exposições na Europa e nas Américas. Revela-se ainda pioneiro no desenvolvimento duma marca que contribui para conferir às Caldas da Rainha identidade cerâmica”, relatou.
Para Mário Tavares do Grupo dos Amigos do Museu da Cerâmica, a exposição/ estudo sobre a obra do Ceramista Manuel Mafra (que sucedeu a D. Maria dos Cacos, na sua oficina em 1850) corresponde à concretização de um anseio de anos, da Direcção do Grupo de Amigos do Museu da Cerâmica. “Sempre acreditámos que Manuel Mafra fora a ponte de passagem, da tradição, para a tradição/inovação, da Faiança Caldense – o salto do oleiro para o ceramista. Daí o nosso grande empenho em que este evento se efectivasse; mesmo que o Museu da Cerâmica não disponha actualmente dos recursos mínimos financeiros e logísticos para o efeito”, referiu.
Manuel Cipriano Gomes – “o Mafra” (1829-1905) foi o ceramista que introduziu nas Caldas da Rainha a estética inglesa e francesa contemporâneas, que, na segunda metade do séc. XIX, seguiam a obra de Bernard Palissy (ceramista da Renascença), caracterizada por peças decoradas com motivos em relevo da fauna e da flora.
Protegido pelo rei D. Fernando de Saxe-Coburgo, Manuel Mafra” visitava a corte, tendo tido contacto com notáveis colecções de arte e acesso a obras cerâmicas estrangeiras de estilo revivalista.
Manuel Mafra exportava a sua produção para o estrangeiro e participou em diversas exposições internacionais, onde foi premiado, tais como as Exposições Universais de Paris, em 1867, de Viena de Áustria, em 1873 (medalha de mérito) e Filadélfia, em 1876 (prémio), Exposição Internacional de Paris, em 1878 (medalha de prata), Exposição Portuguesa do Rio de Janeiro, em 1879.
Constitui objectivo desta exposição apresentar o percurso, afirmação e destino desta obra central na cerâmica das Caldas e cujo culminar foi alcançado por Rafael Bordalo Pinheiro, na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Netos de Manuel Mafra
Rui Júlio Peixoto Mafra, de 70 anos, e Eduardo Álvaro Peixoto Mafra, de 81 anos, netos de Manuel Mafra, estiveram presentes na inauguração da exposição. Elogiaram a mostra, considerando que já deveria ter sido realizada há mais tempo, porque “Manuel Mafra foi um indivíduo que impulsionou a cerâmica no nosso país e que atravessou fronteiras”. Vão oferecer ao Museu da Cerâmica dois pratos do Mestre que já têm mais de 100 anos.
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palavras-chave: Caldas da Rainha, Manuel Mafra
Ossos bovinos na fabricação de cerâmica
fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11499/ossos-bovinos-na-fabricacao-de-ceramica.htm#
agradecimentos: Antonio Carlos Lorette
15/12/2009
Por Fabio Reynol
Agência FAPESP – A utilização de ossos de boi como parte de matérias-primas de peças cerâmicas confere uma qualidade superior aos produtos acabados. Essa técnica de fabricação é dominada atualmente somente pela Inglaterra, mas o Brasil acaba de dar um importante passo para ingressar nesse mercado.
Douglas Gouvêa, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, vem, desde 2004, decifrando esse processo produtivo por meio do projeto “Desenvolvimento do processo nacional para a fabricação de porcelana de ossos – bone china”, que tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
Diferentemente da técnica inglesa, que utiliza cerca de 50% de osso bovino calcinado na composição da peça, na versão brasileira o teor desse material ficou em torno de 2%.
“Utilizamos o osso como um ativador do fundente, no caso, o feldspato”, disse Gouvêa, esclarecendo que o osso proporciona uma queima mais rápida e ainda auxilia a formação de nanocristais, fazendo a peça ficar mais translúcida e, desse modo, mais valorizada comercialmente.
A pesquisa também obteve vantagens econômicas para a indústria de porcelana, com a diminuição na temperatura de sinterização (fusão das matérias-primas em pó) de 50º C a 70º C.
“Se imaginarmos um forno com seis toneladas de material, dez graus a menos representam uma economia considerável de tempo e de energia empregada”, explicou.
A qualidade da cerâmica adicionada de osso também é superior à das similares tradicionais. Além da aparência mais translúcida, a bone china é menos porosa e apresenta resistência maior à flexão e ao impacto.
A equipe de Gouvêa já fez ensaios de impacto registrando um considerável aumento na resistência mecânica. O grupo agora pretende efetuar testes de flexão e de alvura nas peças com adição de osso.
Matéria-prima abundante
O osso bovino é uma matéria-prima abundante no Brasil, que conta com um rebanho de cerca de 200 milhões de cabeças de gado. O professor da Escola Politécnica da USP explica que o material, subproduto da indústria de corte, passou a receber destinações menos nobres após a proibição internacional de utilizá-lo como aditivo de ração animal desde o advento da doença da vaca louca.
Por conta disso, o osso bovino tem servido basicamente para fabricar fertilizantes vegetais. Segundo o pesquisador, a utilização pela indústria cerâmica empregaria essa matéria-prima em produtos de maior valor agregado.
Diferentemente dos ossos de outros animais, o bovino confere um alto grau de alvura à cerâmica. Isso se deve ao fato de seu material agregado, como sangue e gordura, se desprender mais facilmente ao ser aquecido em autoclaves.
Resquícios desses materiais deixam na peça elementos indesejáveis como o ferro, por exemplo. “Ao oxidar, esse mineral deixa a cerâmica com aspecto acinzentado. Aliado ao processo de calcinação, o osso bovino torna-se quase isento de materiais orgânicos”, explicou Gouvêa.
A próxima etapa da pesquisa é desenvolver o processo de esmaltação, que será aplicado no revestimento das peças. “Como a bone china dilata mais do que a cerâmica comum, temos que encontrar um esmalte que se adapte a esse processo”, disse.
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