fonte: http://www.jornaldascaldas.com/index.php/2011/09/15/pecas-da-bordallo-pinheiro-em-filme-de-almodovar/
Várias peças da Bordallo Pinheiro, fábrica das Caldas da Rainha, estão em grande destaque na nova película do realizador espanhol Pedro Almodóvar, “La Piel que Habito”, um filme que acaba de estrear em Espanha após o excelente acolhimento da crítica no Festival de Cannes.
As típicas terrinas e peças decorativas das Faianças Bordallo Pinheiro, que fazem parte da imagem típica de Portugal, entre as quais “Abóboras”, “Tomates”, “Ananases” e “Laranjas”, assumem um papel de destaque em várias cenas do filme de Almodóvar, no décor de uma cozinha por onde passam os actores Elena Anaya, Marisa Paredes e António Banderas. O serviço de café “Colours” da Vista Alegre – chávenas, açucareiro e leiteira num apelativo e moderno tom cor-de-laranja – é também utilizado.
Para Nuno Barra, director de Marketing e Design Externo da Vista Alegre Atlantis e da Bordallo Pinheiro, “é um enorme orgulho sermos embaixadores da cultura portuguesa, num filme de Pedro Almodóvar, com peças da Vista Alegre e da Bordallo Pinheiro, que atravessarão fronteiras em mais um sucesso do aclamado cineasta espanhol”.
“Estamos muito satisfeitos por esta colaboração, que resulta de um caminho muito ambicioso que a Vista Alegre Atlantis tem trilhado nos últimos dois anos, aliando a sua tradição e excelência secular a uma renovação e contemporaneidade para a qual tem chamado um notável conjunto de artistas contemporâneos de peso, no panorama nacional e internacional. Esta reestruturação tem sido alavancada por uma agressiva estratégia de internacionalização e de expansão da rede de lojas próprias e pontos de venda, que tem levado a que muito mais públicos, de diferentes países e culturas, conheçam a excelência em porcelana, cristal e faiança de três marcas portuguesas centenárias detidas pelo Grupo Visabeira – a Vista Alegre, a Atlantis e a Bordallo Pinheiro”, sustenta Nuno Barra.
As peças Vista Alegre Atlantis e Bordallo Pinheiro, que Pedro Almodóvar escolheu para o seu novo filme “La Piel que Habito”, podem ser adquiridas nas lojas Vista Alegre Atlantis e na loja Bordallo Pinheiro das Caldas da Rainha.
Peças da Bordallo Pinheiro em filme de Almodóvar
palavras-chave: Bordallo Pinheiro, Caldas da Rainha, notícias
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Ola Fábio
ResponderExcluirAhahah
Para o ano comprar uma peça sua é obra!! =D hahah
são carissimas essas ediçoes!!
Um abraço
Olá Flávio,
ResponderExcluirBem sei como estas edições são caras! Estava de piada. Eu tenho direito a 12 peças, mais 5 provas. Quem me dera achar compradores por cá, pois faria um bom dinheiro!
abraços
Olá Fábio,
ResponderExcluirNão tenho dúvidas que o Fábio irá funcionar como alavanca no mercado Brasileiro dos produtos portugueses e irá ser um sucesso.
Porque o torna viagens é, tem sido, uma realidade,nas nossas culturas é uma estratégia de mestria da Visabeira.
Com a qualidade artística que lhe é reconhecida
não tenho dúvidas que por si passarão boas oportunidades de bons investimentos.
Tudo de bom para si.
Abraço
jmalvar
A Vista Alegre já há muito anos que tinha em Espanha um bom mercado, mas com esta crise toda...nunca se sabe. Bem e a loiça das Caldas é mais apreciada pelos estrangeiros que pelos próprios portugueses, que torcem sempre um bocadinho o nariz aquele grotesco todo. mas o gosto vai evoluindo
ResponderExcluirAbraços e estarei atento à próxima película do nuestro hermano Almódovar
Olá Joaquim, seja bem vindo!
ResponderExcluirNão sei se tenho tanto poder ou influência assim, julgo que não!
Tive que pesquisar para saber o que é "torna viagens" :-)
Mesmo assim, não entendi como se aplica à mim a expressão. Lost in translation!
Espero contar com sua presença sempre por aqui.
abraços
Olá Luis,
ResponderExcluirO engraçado é que por aqui houve um período em que cópias das louças de Caldas fizeram um enorme sucesso, mas depois caiu no cafona (piroso), e agora há novamente vários apaixonados pelo estilo.
Aqui quem mais copiou a louça de Caldas foi a Cerâmica Weiss, no seu período mais industrial, da déc. 1960 até fechar na déc. 1990.
Mas já no final do séc. XIX e início do XX houve cerâmicas que tentavam reproduzir por aqui o estilo de Bordallo Pinheiro.
abraços!
Não sabia desta nova película de Almodóvar, e admirador de alguma da obra dele como sou, estarei atento à estreia dele por aqui ... vai na volta também já estreou aqui e, meio aluado como ando, não dei conta! Vou prestar atenção.
ResponderExcluirSempre é bom saber da utilização de peças portuguesas em películas de realizadores europeus (re)conhecidos ... pode ser que alguém repare nelas e se digne conceder-lhes a notoriedade que por vezes faz a diferença no mercado exportador.
Habituado que estou, como se fosse sina, a que as peças portuguesas sejam praticamente ignoradas fora deste canto do mundo, fico sempre encantado, mesmo até admirado, pelo muito que pessoas de fora, como é o caso do Fábio, sabem sobre a nossa produção e até da nossa história cerâmica.
É uma sorte ter este seu blog, que, sei, é de grande audiência, e onde, algumas vezes, o Fábio aborda a nossa produção!
Quanto às peças que mais vezes associamos à produção das Caldas, inspirada pela de Palissy, tenho de confessar que lhe voto uma certa aversão ... aquelas cobras, enguias, mexilhões, berbigões e lagartos, aqueles fiozinhos de cabelo feitos em barro, aqueles animais, vegetais e frutos que invadem os pratos dão-me sempre arrepios.
Guardei duas peças destas, muito singelas, provenientes de casa de meus pais, e as outras dei-as, ou deixei-as com a minha irmã. Para mim eram pesadelos!
Mas sei que há um mercado florescente deste tipo de peças e ainda bem que assim é!
Já escrevi demais ... enfim, não tenho remédio!
Manel
Olá Fábio,
ResponderExcluirPeço desculpa pelo pouco explícito:"torna viagens".
Quando acontecia um vinho do Porto voltar do Brasil, depois de uma longa viagem, nos porões dos navios, a Portugal,ele ficava fantástico.
Então,quando os azulejos voltaram do Brasil, no séc.XIX, e adornaram nossas casas e mansões elas ficaram fantásticas - "torna viagens".
Quando recentemente, o Fábio, vai atravessar o grande Atlântico,cheio de Portugalidade no seu gosto, apreço e conhecimento pelas nossas porcelanas e faianças, só me ocorre: "torna viagens" e fantástico, mais uma vez.
Um grande abraço e mais uma vez, desculpe-me os meus atalhos e a pouca explicação.
Jmalvar
Olá Joaquim,
ResponderExcluirObrigado pela explicação! E não se desculpe; são estas diferenças que adicionam riqueza às nossas culturas irmãs. Tão irmãs, que agora que entendi a expressão, posso afirmar que é o mesmo por aqui. Um produto, artista, cientista, atleta, etc, brasileiro, só é visto como algo de qualidade depois de chancelado no exterior.
E por isso a minha luta pelo reconhecimento da qualidade e valor da louça brasileira, entre outras coisas.
abraços!
Olá Manel!
ResponderExcluirVocê jamais escreve demais. A não ser como dizemos por aqui "O que o Manel escreve é DEMAIS!", no sentido de muito bom.
Quanto ao grotesco de Bordallo Pinheiro, confesso que também se as visse em criança, teria um pouco de incômodo, mas agora estou contando os dias para estar em contato com TODOS os monstrinhos de Bordallo Pinheiro, ainda mais pois vou ver as peças originais, as madres, as matrizes, a documentação, os desenhos... Que riqueza! E não duvido voltar para casa com um certo excesso de bagagem por "culpa" de Rafael de Bordallo Pinheiro...
O mais excitante de tudo é pensar que modestamente vou acrescentar 1 peça de minha autoria ao imenso catálogo da Bordallo Pinheiro.
abraços