Este paínel de azulejos, em estilo de azulejaria portuguesa, que se encontra na Floresta da Tijuca (Rio deJaneiro, RJ), orientando os visitantes desde os idos de 1946, foi confeccionado por uma empresa especializada em cerâmica artística (Cerâmica Brasileira Pró-Artística Bordalo Pinheiro), sob encomenda de Raymundo Ottoni de Castro Maya quando este foi administrador do parque entre os anos de 1943 e 1946.
Autoria e créditos ressaltados no painel
No canto inferior direito do Painel, na moldura, vemos a autoria do trabalho, onde consta a emrpesa que produziu sob o nome de "Cerâmica Brasileira Pró Arte Bordalo Pinheiro", do Rio de Janeiro. Contém também a assinatura do provável artista responsável pelas ilustrações, assinado com a letra "R" e sobrenome "Silva".
No canto inferior esquerdo do painel, podemos ver o título e as referências do mapa, escritas dentro de uma ilustração neo-colonial com os seguintes escritos por ondem e aparição, de cima para baixo:
P.D.F. (Nota: Sigla da antiga Prefeitura do Distrito Federal)
Floresta da Tijuca
Roteiro e sítios pitorescos da Floresta
Obras de remodelação feitas pela Prefeitura do Distrito Federal nas administrações: Henrique Dodsworth e Hidelbrando Goes
Execução e Direção de Raymundo de Castro Maya
1943-1946
Quem já viu este post anterior sobre o Museu do Açude, uma das casas deixadas por Raimundo Castro Maya para abrigar uma de suas coleções de arte, não poderá deixar de notar também seu gosto por cerâmica artística e painéis de azulejos.
Refletindo seu gosto aliado à capacidade de criar recantos agradáveis em cenários naturais, Castro Maya deixou na Praça da Cascatinha Taunay sua marca: painéis de azulejos. Não somente neste local, mas por outros pontos da floresta, existem bancos, chafarizes e marcos, onde algumas informações foram escritas sobre painéis de azulejos. Em diversos locais, azulejos são usados também como elemento de revestimento e decoração.
Abaixo do painel das fotos acima, há uma fonte que derrama água no que parece ser uma antiga banheira de mármore de carrara, tida como obra do do século XIX, lavrada com motivos florais e efígie de sátiros.
Existe outra fonte no pátio inferior da Cascatinha, com frontíspício em azulejaria portuguesa, tendo à sua frente outra banheira de mármore de carrara, também com motivos florais e bica onde vertia água em forma de golfinho, feito em louça, em tom azul.
Supõem-se que esta banheira, bem como algumas outras peças do gênero que se encontram no parque, possa ser proveniente de antigas construções, demolidas para abrir passagem para a construção da ampla Av. Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro. Em suas memórias sobre sua administração do parque da Floresta da Tijuca, Castro Maya cita que adquiriu material de valor artístico proveniente de edificações demolidas para a construção da Av. Presidente Vargas, e utilizou algumas peças inclusive na resconstrução da antiga residência do Barão de Escragnolle, atual restaurante "Os Esquilos" (também na Floresta da Tijuca).
MUITO BOM...
ResponderExcluirObrigado!
Excluirentão onde mando fazer um deste?
ResponderExcluirEu preciso muito de umas peças assim
ResponderExcluirATT: Geane Moura.
Perdão, mas sou pesquisador, não mexo com produção. Se vc for do Rio, talvez na Luis Salvador, em Itaipava. No interior de SP talvez na Lusobrasil, em Cachoeira Paulista.
Excluirabraços!