Encravada na Floresta da Tijuca, próximo ao Alto da Boa Vista, encontra-se uma jóia para quem admira cultura e natureza, e especialmente a arte da azulejaria.
Localizado numa área de 151.132m² na Floresta da Tijuca, o Museu do Açude tem como proposta relacionar o patrimônio cultural ao natural. A propriedade se destaca por suas formas e pelos vastos jardins, de inspiração portuguesa, em forma de diversos terraços ligados por escadarias. O acervo reúne uma das mais importantes coleções de mobiliário brasileiro dos séculos XVIII e XIX, assim como azulejaria e cerâmicas do Porto.
A CASA
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Raymundo Castro Maya |
No lado externo há um espelho d´água, de frente para o pavilhão onde encontram-se azulejos neoclássicos. Toda a casa é ornada por beirais de telha de louça.
COLEÇÃO DE ARTE ORIENTAL, ARTES APLICADAS E LOUÇA DO PORTO
A coleção de arte oriental reunida por Castro Maya, anteriormente exposta em ambos os museus e agora ambientada no Museu do Açude, possui exemplares raros de escultura chinesa, indiana e indochinesa, bem como de porcelanas de procedências diversas.
As artes aplicadas estão igualmente representadas por expressivo conjunto de mobiliário luso-brasileiro, prataria de origem brasileira, portuguesa, inglesa e francesa e por cristais franceses.
Também chamam a atenção peças de cerâmica conhecida como louça do Porto, um tipo de faiança ornamental, fabricada a partir do século XIX nos centros cerâmicos portugueses do Porto e de Vila Nova de Gaia. Assim podemos apreciar vasos, estátuas, pinhas, globos e leões.
COLEÇÃO DE AZULEJARIA
O Museu do Açude oferece também uma das mais ricas coleções de painéis de azulejos portugueses no Brasil. São mais de vinte painéis decorados por azulejos portugueses barrocos, rococós e neoclássicos, trazidos de Lisboa, Maranhão e Salvador.
Os azulejos se espalham por toda a casa, podendo ser encontrados não só no interior da residência, mas nas varandas, nas fontes, nos bancos do jardim, nas mesas e até na antiga piscina. A importância da coleção de azulejos se dá por sua variedade estilística e pela representatividade da origem das peças, que são oriundas de palácios europeus, como o da Quinta Real da Praia, onde morou D.João V.
Os painéis neoclássicos vieram diretamente de São Luís do Maranhão e ganharam um pavilhão especialmente construído para abrigá-los. Já os azulejos rococós vieram de Portugal e são inspirados na série ‘Festas Galantes’, do pintor Watteau. Alguns dos móveis da casa foram retirados para dar mais visibilidade aos painéis de azulejos.