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cerâmica portuguesa (e holandesa) do Museu do Açude

Encravada na Floresta da Tijuca, próximo ao Alto da Boa Vista, encontra-se uma jóia para quem admira cultura e natureza, e especialmente a arte da azulejaria.

Localizado numa área de 151.132m² na Floresta da Tijuca, o Museu do Açude tem como proposta relacionar o patrimônio cultural ao natural. A propriedade se destaca por suas formas e pelos vastos jardins, de inspiração portuguesa, em forma de diversos terraços ligados por escadarias. O acervo reúne uma das mais importantes coleções de mobiliário brasileiro dos séculos XVIII e XIX, assim como azulejaria e cerâmicas do Porto.

A CASA


O Museu do Açude funciona na antiga casa de inverno do industrial e mecenas Raymundo Castro Maya (1894-1968). Trata-se de uma construção neoclássica que foi reformada por seu proprietário em neocolonial, na década de 1920. Após ter herdado de seu pai a propriedade do Açude, Castro Maya acrescentou arcadas e criou beirais com telhas de louça policromada portuguesa. 

Raymundo Castro Maya
Nela você verá antigas dependências, como a sala de jantar (com uma mesa ricamente decorada), a cozinha (com panelas, louças e utensílios da época) e um pequeno banheiro, com pia, vaso e bidê originais. Também verá a sala da lareira, onde Castro Maya reunia seus convidados no passado. O mais curioso é que a casa não foi feita para morar: ela possui várias salas e apenas dois quartos de dormir, localizados no segundo andar.



No lado externo há um espelho d´água, de frente para o pavilhão onde encontram-se azulejos neoclássicos. Toda a casa é ornada por beirais de telha de louça.












COLEÇÃO DE ARTE ORIENTAL, ARTES APLICADAS E LOUÇA DO PORTO

A coleção de arte oriental reunida por Castro Maya, anteriormente exposta em ambos os museus e agora ambientada no Museu do Açude, possui exemplares raros de escultura chinesa, indiana e indochinesa, bem como de porcelanas de procedências diversas.

As artes aplicadas estão igualmente representadas por expressivo conjunto de mobiliário luso-brasileiro, prataria de origem brasileira, portuguesa, inglesa e francesa e por cristais franceses.

Também chamam a atenção peças de cerâmica conhecida como louça do Porto, um tipo de faiança ornamental, fabricada a partir do século XIX nos centros cerâmicos portugueses do Porto e de Vila Nova de Gaia. Assim podemos apreciar vasos, estátuas, pinhas, globos e leões.
















COLEÇÃO DE AZULEJARIA

O Museu do Açude oferece também uma das mais ricas coleções de painéis de azulejos portugueses no Brasil. São mais de vinte painéis decorados por azulejos portugueses barrocos, rococós e neoclássicos, trazidos de Lisboa, Maranhão e Salvador.

Os azulejos se espalham por toda a casa, podendo ser encontrados não só no interior da residência, mas nas varandas, nas fontes, nos bancos do jardim, nas mesas e até na antiga piscina. A importância da coleção de azulejos se dá por sua variedade estilística e pela representatividade da origem das peças, que são oriundas de palácios europeus, como o da Quinta Real da Praia, onde morou D.João V.

Os painéis neoclássicos vieram diretamente de São Luís do Maranhão e ganharam um pavilhão especialmente construído para abrigá-los. Já os azulejos rococós vieram de Portugal e são inspirados na série ‘Festas Galantes’, do pintor Watteau. Alguns dos móveis da casa foram retirados para dar mais visibilidade aos painéis de azulejos.
































obs: segundo fui informado pela professora Dora Monteiro e Silva de Alcântara, grande conhecedora da azulejaria europeia, em uma aula no próprio Museu do Açude, há vários azulejos lá, em particular figuras avulsas e alguns de padrão, que na verdade são  holandeses, e não portugueses.

travessa - Manufatura Brasileira de Louças (M.B.L.)





travessa
Manufatura Brasileira de Louças (M.B.L.)
São Caetano do Sul - SP
louça de pó de pedra
decoração com superfície em relevo "cesta" e estanhola em tons de verde
1947/1952
30 x 22 cm

fonte: site Mercado Livre

cerâmica Luso-Brasileira do Instituto Portucale

Há alguns anos uma pessoa entrou em contato comigo, para falar da criação, na cidade de Embu, interior do estado de Sâo Paulo, do INSTITUTO PORTUCALE, que teria por objetivo preservar e exibir um grande acervo de Cerâmica Luso-Brasileira. Hoje, por vias indiretas, estas coisas que nos acontecem na internet, acabei chegando ao site do Instituto. E resolvi fazer este post para poder divulgá-lo, e seu belo acervo, que além da faiança portuguesa e brasileira, possui muitas peças Cia das Índias.


Todo o material (texto e fotos) desta postagem veio do site do Instituto Portucale. Eu selecionei algumas fotos, mas recomendo que visitem o site para verem as demais.

http://www.institutoportucale.com.br/




O Instituto Portucale iniciou suas atividades em 2006 para abrigar uma coleção de cerâmica portuguesa do final do século XVIII ao início do século XX e sua relação com o Brasil – a cultura material luso-brasileira no período do Romantismo. A coleção foi iniciada em 1990 por João Paulo Camargo de Toledo.











As Fábricas do Acervo
As fábricas responsáveis pela produção da maioria das peças que compõem o acervo do Instituto, são de origem portuguesa, da cidade do Porto e estiveram em atividade no período entre o final do século XVIII e início do XX. A única exceção na coleção são as peças produzidas pela brasileira Cerâmica Luiz Salvador, de Itaipava, Rio de Janeiro.


- Fábrica de Santo Antonio do Porto, a fábrica com maior representatividade em número de peças no acervo;
- Fábrica de Massarellos;
- Fábrica de Miragaia uma das mais importantes no comércio com o Brasil, principalmente no 2º quartel do século XIX, quando arrenda as Fábricas de Santo Antonio, Massarellos e Carvalhinho e cria o Depósito das Fábricas do Porto, responsável pela comercialização de toda a produção portuense com o Brasil;
Fábrica de Carvalhinho;
Fábrica das Devezas José P. Valente.













O Acervo é composto por mais de 500 peças produzidas em cerâmica entre o final do século XVIII e início do XX, em sua maioria por fábricas portuguesa da cidade do Porto. É o testemunho da presença portuguesa no desenvolvimento urbano brasileiro e a relação comercial deste período entre os dois países - um capítulo da construção cultural luso-brasileira.

Inspiradas na Antiguidade Clássica, principalmente as alegorias e os vasos, estas peças se popularizam na época do Romantismo como ornamentação de jardins e fachadas de obras públicas e privadas em Portugal e no Brasil.

INSTITUTO PORTUCALE
Tel: 55 (11) 4704-4072
Estrada Taji Takahashi, 785 (antiga Estrada da Casa Velha, 754)
Chácara Marajoara - CEP: 06843-520 - Embu - SP - Brasil





obs: o texto acima foi resumido a partir do que consta no site do Instituto.

Jubileu de Diamante aquece venda de peças de cerâmica no Reino Unido

Hoje enquanto almoçava, estava passando em um canal de tv a cabo esta bela matérias sobre uma das últimas cerâmicas inglesas do período vitoriano que ainda está em funcionamento. A matéria é sobre como em ano de eventos reais (no caso, o Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth), os negócios vão muito bem.

Infelizmente não tem como inserir o video diretamente aqui no post, mas para quem gosta de cerâmica como eu, recomendo clicar no link abaixo, pois há fotos antigas e imagens atuais muito bonitas.

http://g1.globo.com/globo-news/mundo-sa/videos/t/todos-os-videos/v/jubileu-de-diamante-aquece-venda-de-pecas-de-ceramica-no-reino-unido/1978133/

Abaixo, alguns quadros do vídeo que eu capturei para ilustrar o post.







O tesouro encontrado nas escavações do Porto do Rio


fonte: http://oglobo.globo.com/rio/o-tesouro-encontrado-nas-escavacoes-do-porto-do-rio-5104975

Transformada num grande canteiro de obras, a Zona Portuária do Rio se tornou um valioso campo de arqueologia urbana. Desde janeiro de 2011, pelo menos quatro equipes de especialistas vêm percorrendo cerca de 5 milhões de metros quadrados, num trabalho de garimpagem que precede as construções do projeto Porto Maravilha, de revitalização e remodelação. Até agora foram recolhidos — ou apenas registrados — pedaços de cerâmica, cachimbo, ossos de animais, moedas, pulseiras, colares, resquícios de muralhas e outros vestígios que revelam um pouco da história da ocupação da cidade nos séculos XVIII e XIX. Só de canhões, já foram contabilizados sete. Uma lista que, segundo o último levantamento, totaliza 80 mil peças, somente na área que está sendo pesquisada pela equipe do Consórcio Porto Novo, responsável pelas escavações na maior parte da região.



Os últimos achados foram dois canhões, resgatados do subsolo da Praça Mauá e da altura da Avenida Primeiro de Março, na semana retrasada. Artilharia, que, pelos cálculos dos arqueólogos, parece datar dos séculos XVIII e XIX, e mede entre 2 e 4 metros.


Lá também foram descobertas, em abril, três âncoras medindo entre 3,5 metros e 4,35 metros que estavam no subsolo da região e, de acordo com as primeiras avaliações, datam da mesma época dos canhões.



Naquelas áreas também foi desenterrada, no dia 4 de maio, a pedra fundamental das Docas Dom Pedro II, lavrada em 15 de setembro de 1871 pelo engenheiro André Rebouças. As âncoras, os canhões e três balas de canhão, foram os objetos mais significativos recolhidos até o momento, na avaliação de Erika Gonzales.

O material, que está sendo classificado e pesquisado no Laboratório de Antropologia Biológica da Uerj, traz objetos que impressionam pelo bom estado de conservação, como um conjunto de três tinteiros ingleses de cerâmica, retirados intactos, durante escavações nos arredores da Praça Mauá. Num poço situado perto de um antigo arsenal da Marinha, as equipes se depararam com uma garrafa em perfeito estado, que acreditam ser do século XVIII. O acervo inclui, ainda, faianças inglesas do século XIX, cabos de colher, restos de sola de sapato de couro e pedaços de dentes de cavalos. Na Praça Mauá, foram prospectados principalmente peças do século XIX. Já na Primeiro de Março, alguns objetos do final do século XVIII. Nas proximidades da Avenida Primeiro de Março, esquina com a rua Visconde de Inhaúma, surgiu uma muralha de 50 metros de extensão, pertencente a uma artilharia da Marinha. Um outro pedaço de muralha foi desvendado mês passado. Segundo a prefeitura, até agora as escavações não provocaram atrasos nas obras do Porto Maravilha.

Os arqueólogos da Concessionária Porto Novo estão catalogando as peças e vão lançar em breve um museu virtual, onde o internauta poderá ver fotos e vídeos, além de um arqueoparque, que vai reproduzir em 3D alguns dos prédios e ruas dos séculos XVIII e XIX.

urna - Manufatura Nacional de Porcelana S/A






urna
Manufatura Nacional de Porcelana S/A (M.N.P.)
Rio de Janeiro - RJ
louça de pó de pedra
45 (h) x 27 (d) cm
decoração pintada à mão livre
circa 1927

fonte: site Mercado Livre

Esta peça é de uma marca difícil de ser encontada, daqui do Rio de Janeiro, uma das pioneiras na fabricação de louça de mesa (pó-de-pedra e porcelana fina) e azulejos no país, fundada em 1919. Em 1930 era considerada a maior do gênero na América Latina.
As peças de mesa e decorativas são difíceis de encontrar pois o principal produto desta fábrica era o azulejo.

saibam um pouco mais sobre a Manufatura Nacional de Porcelana neste antigo post: Manufatura Nacional de Porcelana é SIM a primeira!