Uma das coisas mais divertidas em fazer esta pesquisa sobre louça brasileira é desvender enigmas e quebrar paradigmas.
Nunca me conformei com uma certa marca "L", que MUITA gente vende como se fosse "Limoges".
E as peças com esta marca, embora bonitinhas, são simples DEMAIS para ser algo produzido na cidade de Limoges. São meio ingênuas, meio tosquinhas às vezes, e na minha opinião o charme está exatamente nisso, parecem até feitas para brincar com bonecas.
Além disso, TODAS as marcas da cidade de Limoges que já pesquisei em livros e sites de referência tem a palavra "
Limoges" escrita por completo.
Pois recentemente minhas suspeitas se confirmaram: Esta marca é brasileira, pertenceu à empresa "
Comercial Miralva Louças e Cristais Ltda", do Rio de Janeiro, e foi registrada em 1955.
Em resumo: mais um "mito" deste mercado acaba de cair.
Excelente fazer um blog "bem esclarecedor" a respeito.
ResponderExcluirVc tem razão, as peças até não são tão feias, mas a porcelana deixa a desejar, tem imperfeições.
E o "L" é a única marca visível, não aparece outra que tenha fornecido as peças brancas. Por isso muitas cores e decalques para encobrir e deixar mais apresentável.
Talvez aí no Rio sejam comuns nas feiras e lojas, já por aqui são menos fáceis de achar.
Mesmo com todos os defeitos não deve ser deixada de lado.
Pois é, me fica a dúvida disso tb; quem teria sido o fornecedor da porcelana branca, ou será que eles mesmos produziam?
ResponderExcluirPela razão social, não me parece que seja uma "fábrica" com estrutura para fazer desde a louça até a decoração final. Tb acredito que fizesse apenas a decoração, mas... até se descobrir não saberemos.
Meu chute é que a porcelana era feita por encomenda a alguma fábrica daqui ou SP, especificamente para eles, e por isso que não tem marca de outra fábrica.
Aqui de vez em quando se vê estas peças sim, mas como este tipo de peça não me atrai, deve ter muito mais do que eu acho, já que a "fábrica" era aqui no Rio, mas como eu não "fuço" bibelozinhos...
Eu lembro de há uns 2 anos atrás, numa barraca na praça XV, havia uma caixa com dezenas de "mini perfumeiros", todos desta marca, e o vendedor jurava que era "Limoges".