adaptado de matéria de Aline Moraes
jornal USP Notícias
http://www.usp.br/agen/repgs/2007/pags/004.htm
Uma porcelana mais branca, mais leve e ao mesmo tempo resistente, e maior valor do que a porcelana comum: esta é a porcelana de ossos (bone china), material originariamente desenvolvido na Inglaterra, por Josiah Spode, que o físico Ricardo Yoshimitsu Miyahara recriou com matérias-primas totalmente brasileiras, em estudo inédito realizado no Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Escola Politécnica (Poli) da USP.
porcelana de ossos (1), porcelana comum (2) e cerâmica branca (3)
Utilizando cinzas de ossos bovinos, caulim (tipo de argila) e feldspato (rocha dotada de propriedade fundente), Miyahara conseguiu, em seu doutorado, produzir uma porcelana com propriedades superiores às do material inglês, que emprega a "cornish stone", uma matéria-prima específica daquele país.
A chave para uma porcelana de ossos de qualidade está no controle das condições de produção. A formulação resultou numa porcelana de ossos quase duas vezes mais resistente que a porcelana comum e tão branca quanto a porcelana de ossos inglesa.
exemplo de "bone china" fabricado pela Spode,
inventores da porcelana de ossos
Além da Inglaterra, que produz bone china desde o final do século dezoito, apenas Estados Unidos e China fabricam essa cerâmica, cujo custo de importação é muito alto. "Como o Brasil é um dos maiores criadores de gado bovino do mundo e tem grande tradição na fabricação de produtos cerâmicos, temos, então, condições de fabricar essa porcelana em grande quantidade, podendo até tornar-nos um grande exportador desse material que possui um elevado valor agregado", avalia Miyahara.
>> leia o artigo completo: www.usp.br/agen/repgs/2007/pags/004.htm
>> Josiah Spode: www.spode.co.uk/History/josiah.html
>> mais sobre "bone china" (em inglês): www.thepotteries.org/types/bonechina.htm
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