malga média, de consumo individual
Fábrica de Louças São Zacarias
louça de pó de pedra
sem decoração
1902/1909
coleção site Porcelana Brasil
Atualmente se conhecem menos de 20 peças desta fábrica, sendo que menos de 10 se sabe a localização atual das peças, sendo apenas 5 em coleções públicas, e as demais em coleções particulares.
Graças à dica do meu amigo Washington Marcondes, agora sou o mais novo proprietário de uma peça da mais antiga fábrica de louças do Brasil, que começou a operar no final do séc. XIX.
O mais interessante sobre esta peça é que, muito diferentemente de todas as demais, que são quase todas peças decorativas, esta é uma peça extremamente simples, de uso diário e popular, e pelo visto, foi mesmo muito usada por seus donos originais.
malga média - Fábrica de Louças São Zacarias - Colombo
palavras-chave: Colombo, São Zacarias
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Gostei da simplicidade da sua tigela ou malga. Que encanto.
ResponderExcluirAbraços de Lisboa
Obrigado Luis! É uma peça de extrema simplicidade sim, e por isso mesmo, de visível e verdadeiro uso diário, possivelmente mesmo por gente bem simples da época, pois eram os que compravam a louá fabricada no Brasil de 100 anos atrás. Os abastados só consumiam louça européia, e esse ranso caricato cultural dos tempos de colônia e depois império demoraram muito para diminuir, mas ainda nos assombra demasiado por aqui.
ResponderExcluirCaro Fábio
ResponderExcluirNão resisto a transcrever parte do poema de Pedro Homem de Melo, que a Amália cantou tão bem cantou, pois a sua tigela parece acabada de sair do "Povo que lavas no Rio"
"Fui ter à mesa redonda
Bebi em malga que me esconde
Um beijo de mão em mão.
Era o vinho que me deste
Água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não.
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição.
Povo, povo, eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não
Povo que lavas no rio
Que talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não
Desculpe-me o poema, mas a sua malga é inspiradora
Luís
Adorei o poema!
ResponderExcluirE desculpe a demora em aprovar o comentário, mas o blogger anda com problemas há um tempo já.
abs!
Fábio